Parece ser através da inteligência corporal que nos desenvolvemos e aprendemos a nos movimentar na infância. Mas quando crescemos, ao alcançar níveis maiores de consciência, tem sido comum o ofuscamento dessa inteligência.
Criamos imagens e idealizações e as lançamos sobre a vida e sobre o corpo, sem dispor de momentos para ouvi-lo.
E a inteligência corporal não é meramente mecânica. Há suspeitas de que cada célula seja em si mesma um centro de consciência, capaz de acessar a essa inteligência para integrar-se à complexa ordem bioquímica e fisiológica do corpo.
Assim, apesar de ser útil seguir um modelo de vida, de dieta e de atividade física, é importante reconhecer que cada corpo é único e tem suas especificidades.
Ouvir a Inteligência do corpo é portanto um aprendizado constante. É ela que nos informa muitas vezes quando estamos adoecendo ou quando lidamos com situações agradáveis ou desagradáveis.
Pergunte-se, por exemplo: estou satisfeito(a) com minha carga de atividades? Em que postura eu gostaria de estar para relaxar? Eu gosto do lugar e das pessoas com quem estou? De que comida sinto falta? Como eu poderia andar e respirar melhor?
Uma atenção consciente à inteligência do corpo é um estado avançado a que as práticas corporais devem conduzir. Este é um importante processo no autodesenvolvimento.
Com uma Inteligência Corporal Consciente, conquistamos autonomia e liberdade para desfrutar melhor dos modelos de vida a que seguimos, aprimorando-os às nossas próprias condições e realidades.
(Publicado originalmente no Instagram em 30 de setembro de 2021)