No dia a dia, ficamos por vezes suscetíveis ao hábito, a nos deixar mover apenas por compromissos. E não só a escola ou o trabalho, mas também o lazer pré-agendado, a viagem completamente planejada…
Esquecemos assim de nos deixar abrir a novas experiências e circunstâncias que podem estar bastante próximas.
O andar contemplativo cultiva posturas criativas e pode ser realizado mesmo em meio aos hábitos, sendo inclusive capaz de transformá-los!
– Ao chegar ou sair do trabalho, por exemplo, observe com desvelo seu ambiente profissional. Está belo e agradável? Há algo a arrumar?
– Na biblioteca ou na rua, apenas contemple prateleiras e lojas. Será que um produto, uma roupa ou livro inusitado não chamará a sua atenção?
Em um local aberto, principalmente, é possível apenas sair por aí, deixando-se levar pelos encantamentos do caminho: uma bela paisagem, pedras ou plantas a colher, conhecidos a encontrar… A pé, de carro ou bicicleta, deixar-se guiar pelo coração. De certo nos depararemos com o que jamais encontraríamos ao buscar. O andar contemplativo nos realinha assim com a nossa intuição e com abundantes possibilidades de vida. Para onde este sentido nos chama?
(Publicado originalmente no Instagram em 01 de setembro de 2020)